100 milhas Tijucanas
(Maracanã - 1954)
Com a finalização do Circuito da Gávea, em 1954 devido ao aumento populacional na zona sul do Rio de Janeiro, o local que imediatamente recebeu maior atenção foi a região do Estádio do Maracanã.
As "100 milhas do Maracanã" como ficou conhecido o circuito tijucano de corrida, não tinha uma organização complexa que fechasse ruas, impedisse o livre acesso e montasse arquibancadas, podendo assim vender bilhetes.
A segurança era precária, tanto para os pilotos que sequer tinham cinto de segurança nos carros quanto para o circuito que tinha como anteparo entre o público e a pista, pequenos blocos de feno.
O regimento de fuzileiros navais, polícia militar do Distrito Federal e a guarda civil garantiam a ordem dos espectadores mais entusiasmados que invadiam a pista para assistir à corrida mais de perto.
Dois anos depois, a falta de segurança matou um piloto após um acidente durante a corrida, fazendo com que a imprensa levantasse a bandeira do profissionalismo.
Com o fim do Circuito da Gávea e a precariedade do Circuito do Maracanã, o automobilismo carioca foi perdendo prestígio e praticantes. A solução imediata foi o projeto do "Autódromo de Adrianópolis", no município de Nova Iguacu, que foi construído mas não teve fôlego para se manter.
A realização da corrida "Mil Milhas Brasileiras" no Autódromo de Interlagos (SP), em 1956, substituiu o Circuito da Gávea como a maior corrida do calendário nacional e tirando o Rio de Janeiro dos centro das atenções automobilísticas nacional.
Fonte: Marcello Ferreira (Texto) | Arquivo Público do Estado de São Paulo (Fotos)
Pesquisa: Automóveis e automobilismo no Rio de Janeiro de 1954 a 1959 (Rodrigo Elias e Silvio Telles); Site Bandeira Quadriculada
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