Café Palheta
(Tijuca – S.D.)
Desde seu início, nos anos 50 até o seu fechamento em 2003, o Café Palheta serviu de ponto de encontro de jovens que saíam dos cinemas para degustar os famosos sanduíches da lanchonete.
Sentados nos bancos tipo “bunda de fora”, o público saboreava no balcão diversas tentações irresistíveis, como os waffles e banana Split servidos numa montanha de creme chantilly, broas de milho, pães de queijo, pizzas, pastéis integrais, tartelettes de morango, bombas de chocolate, mil-folhas de chocolate e de creme , além do farto sundae e hambúrguer, que faziam muito sucesso.
Num salão nobre de azulejos brancos e azuis claros, e decorado com fotografias raras dos séculos XIX e XX, (como as da Tijuca da época dos engenhos, dos bondes e dos cinemas de rua), era o servido o melhor café da região.
“— Naquela época eu vinha tomar sundae com a minha namorada depois de ver um cineminha. Café era coisa de velho. Agora eu faço questão de diariamente vir tomar um cafezinho aqui. (…) Essas paredes têm história” — lembra, nostálgico, Artur Fernandes, de 51 anos, comerciante que trabalha na Praça Saens Peña.
No PROJETO DE LEI Nº 831/2014, do vereador Cesar Maia, o imóvel e a função do Café Palheta da Tijuca, situado à Rua Conde de Bonfim, nº 340, no bairro da Tijuca, ficam tombados, por interesse histórico e cultural, sob a justificativa do Café Palheta ser uma das lanchonetes mais tradicionais da Tijuca e do Rio de Janeiro. Há décadas os tijucanos se encontram, conversam e marcam compromissos no local. Muitos idosos do bairro têm como hábito passar por lá todas as tardes.
Fonte: Marcello Ferreira (Texto) | Blog espressa-mente (Foto)
Pesquisa: Edições do Jornal O Globo e Blog Espressa-mente
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