quinta-feira, 26 de março de 2020



Antônio Carlos de Mariz e Barros 
(Rio de Janeiro - RJ, 07.03.1835 - 28.03.1866)
Capitão-Tenente da Marinha do Brasil 

 Antonio Carlos de Mariz e Barros, filho do chefe de esquadra, Joaquim José Inácio de Barros e de Maria José de Mariz Sarmento, os Viscondes de Inhaúma, nasceu nas imediações da Rua da Imperatriz, no centro da cidade do Rio. 
Seguindo o exemplo paterno, entrou para a Academia de Marinha e assentou praça de aspirante aos 14 de junho de 1849. Foi promovido guarda-marinha em 1852; segundo-tenente em 1855 e primeiro-tenente em 1857. Durante a Campanha do Paraguai, comandou honrosamente em diversas excursões o encouraçado Tamandaré e no Passo da Pátria, foi ferido no joelho direito por uma bomba do inimigo, atirada do forte de Itapirú, que entrando por uma portinhola lhe atingiu dentro da casamata da embarcação. Sem que lhe ouvissem um gemido, arrancou com as próprias mãos a perna, que ficara presa a parte superior. 

Foi transferido para o vapor Onze de Junho, hospital de sangue da esquadra, onde foi cercado de atenções e desvelos pelo Almirante Tamandaré, e pelo Ministro Francisco Otaviano. Ali no dia 27 de março, teve amputada o resto da perna, ocasião em que recusou o alívio do clorofórmio, e ordenou que lhe cortassem a perna, e lhe dessem um charuto acesso, que o mordeu durante a amputação. 
A meia noite, teve a convicção de que morreria, então recordou sua terra natal, sua esposa e filhos e mandou pelo médico que lhe assistia, o recado a seu pai: que ele "sempre soube honrar seu nome". 
Pouco depois, aos 20 minutos do dia seguinte, faleceu. 

 Homenagem: No decreto 1165 da sessão de 16 de novembro de 1874, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro trocou a denominação da Rua Nova do Imperador para Rua Mariz e Barros. A via que ligava o até então bairro de São Cristovão ao Engenho Velho, recebeu o nome em memória de um dos mais distintos oficiais da armada imperial morto em combate, o Capitão-Tenente Antônio Carlos de Mariz e Barros. 

 Extensão: Sua primitiva extensão começava no antigo Largo do Matadouro (atual Praça da Bandeira) e terminava na Praça Saens Peña (Tijuca). Em 1922, um trecho foi desmembrado, tornando-se a atual Rua Almirante Cochrane. Atualmente, a Rua Mariz e Barros inicia na Praça da Bandeira e se estende até o cruzamento da Rua São Francisco Xavier. 

Curiosidade: Sempre intrépido, foi ainda em aspirante, elogiado pela atividade que desenvolveu em ocasião de um incêndio. Acompanhou o Imperador Pedro II em sua viagem ao Norte e foi condecorado com o hábito da Ordem da Rosa. 
Foi condecorado também, com a cruz de cavaleiro da Legião de Honra pelo salvamento de uma barca francêsa que estava prestes a naufragar sobre as pedras da Fortaleza da Lage. 
Casado com Rachel Sophia Teixeira, teve 4 filhos, sendo dois deles mortos aos 2 anos de idade por meningite. 

 Fonte: Marcello Ferreira (Texto com referência no Anuário Genealógico Brasileiro – Vol.IX – 1947 e no livro ‘Ministros da marinha: notas biographicas’ - 1933 ) | Foto: Internet


março 26, 2020   Postado por Marcelo Ferreira em , , , , com Sem comentários

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