Greve Operária
(Aldeia Campista - 05.05.1930)
Um grupo de 150 operários mirins se recusou a iniciar sua jornada de trabalho, fazendo greve na porta da Fábrica Nacional de Vidros José Scarrone, na rua Gonzaga Bastos, número 218. Mesmo sendo um protesto pacífico, a presença policial foi requisitada.
Os menores trabalhadores alegaram que a redução nos salários tornou a renda insuficiente para a alimentação e passagem, já que todos moravam em lugares longínquos. E aproveitaram para denunciar os maus tratos que sofriam pelos mestres, que os espancavam por qualquer motivo.
Porém, a fábrica emitiu um aviso de redução de salários 5 dias antes: Quem ganhava 750 réis por hora, passaria a receber 500 réis; e aqueles que ganhavam 600 réis, passaria, a receber apenas 300 réis por hora.
Nesta mesma fábrica de vidros, trabalhou Geraldo Theodoro Pereira, soprador de vidros, que abandonou a função para aprender a tocar violão com cartola e virar sambista e compositor.
Fonte: Marcello Ferreira (Texto) | A Noite (Foto)
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