terça-feira, 22 de dezembro de 2020


Praça Edmundo Rego
(Grajaú – Anos 50)

"Nessa foto vemos o bar e o coreto da Praça Edmundo Rego no Grajaú, no curioso arranjo, bar em baixo e o coreto propriamente dito no piso superior.
A praça de autoria do grande paisagista e urbanista Azevedo Neto, como também a outra praça do bairro a Nobel, fazia um aproveitamento do seu formato circular, com outros vários outros elementos do mesmo formato, como o coreto e dois chafarizes, além de dois pergolatos.

Bares em praças públicas foram expedientes usados desde os criticados Cafés Berrantes do Passeio, no final do séc. XIX, tendo essa ideia ganhado foros mais “civilizados” na Adm. Passos, com instalação de bares e cafés nas praças, sendo o exemplo mais duradouro o bar da Praça Afonso Vizeu, no Alto. 

Tudo leva a crer que o coreto foi também projeto de Azevedo Neto, e estava muito à frente do que já existia construído no ano de 1935, data de inauguração da praça. O formato cilíndrico, a delgada marquise superior, os monolíticos pilares em um extremo, sustentando a marquise e abrigando a caixa d’água, e até mesmo as luminárias embutidas eram muito, mas muito moderno. 

Mas na época da foto, o coreto, principalmente pelo seu bar, certamente fruto de uma daquelas concessões de espaço público que descambavam pela falta de fiscalização e as confusões administrativas dos últimos anos da PDF criavam mais transtornos à comunidade que benefícios. Logo depois o coreto seria demolido, virando lembrança para os moradores mais antigos e uma incógnita para os mais novos do Grajaú, que aliás era anunciado, na grafia antiga no topo do coreto.

A foto também nos mostra o sistema de iluminação da praça, por postes franceses pequenos dentro da praça e na rua de entorno luminárias padrão Light com o globo GE Novalux em média altura."

Para ver esta foto em resolução maior, clique no link: https://bit.ly/3nJKkRc

Nota: Nas transformações que ocorreram na praça, o primeiro elemento original a ser demolido foi o coreto de concreto, fonte de reclamações em função do abandono da construção que incluía um bar no primeiro piso. (Sem registro da data da demolição)
Depois, no início dos anos 90, foi a vez dos chafarizes, que desativados, foram aterrados para a implantação de jardins em suas bacias. Contudo, em 1998 a Prefeitura optou por recuperar os dois chafarizes que voltaram a funcionar normalmente. 

Fonte: Andre Decourt (Texto e Foto) | Marcello Ferreira (Nota)


dezembro 22, 2020   Postado por Marcelo Ferreira em , , com Sem comentários

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